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Webthoughtseditorial

Porque o pensamento é livre e único,

24.02.23

 

 

 

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Eticamente, participar acontecimentos que fogem à normalidade em vez de os tratar sigilosamente, aguardando que o perpetrador manifeste o seu arrependimento e garanta por todos os meios, alterar o seu comportamento, é o mais indicado.

Este tipo de situações que fogem à normalidade, ocorrem também em pequenos acontecimentos da vida quotidiana. 

Pode parecer imaturo, a pessoa recorrer a pessoas mais habilitadas para resolver ou pôr fim à situação, pode parecer conflituoso, pode parecer falta de capacidade do próprio de resolver os seus próprios conflitos.

Porém, há sempre o reverso da medalha. Nunca um problema pode ser analisado apenas por um dos lados.

Nos casos mais graves, a participação pode não ser apenas uma queixa, mas um alerta para que a situação seja tratada de forma a encontrar apoios que permitam um final feliz, visando a cura ou encontrando o suporte, que permite a recuperação da situação e a inclusão na normalidade. Vítimas e abusadores, encontram a harmonia. Uns por deixarem de correr risco, os outros, por deixarem de ser fonte de risco.

Nos casos mais leves, mundanos, a intervenção atempada, pode funcionar como preventiva até de exclusão social. Alguém que é vítima de algum comportamento, pode sentir-se ostracizada, só, sem recursos e por isso, em vez de seguir um percurso que a torna um elemento válido da sociedade, em vez disso, pode tornar-se num caso patológico.

Se por um lado, se vê a resolução de casos menores por apelo à intervenção de agentes mais habilitados e mais capazes de agir na situação, como fraqueza ou falta de capacidade de regulação de quem se julga vítima, por outro, esquecemo-nos do poder que a não queixa, mas o comentário casual tem na formação de opinião e posição relativamente a outrem.

Enquanto discutir o assunto abertamente buscando uma solução, pode tratar-se de um simples assumir de responsabilidades e vontade de seguir em frente, já o comentário sobre uma situação, pode tomar proporções que poderão afetar toda a vida de uma pessoa.

Muitos gostam de seguir a sua vida, sem confusões. Mas muitos há que gostam de ficar no "grupo" no qual vão partilhando as suas experiências. Essa partilha, pode ser fidedigna ou repleta de contornos intencionalmente distorcidos ou que visam prejudicar a imagem de alguém. Se esse grupo, se tratar de um grande grupo no qual o visado participa ativamente, não sendo ele do tipo de após a missão cumprida, fica para ouvir os comentários, em vez disso, parte consciente do dever cumprido, não tem a noção do quanto pode estar a ser trabalhado para além dele, a ponto de a sua imagem poder estar a ser completamente distorcida.

Situações destas, quando percebidas e são radicalmente resolvidas, trata-se de queixa covarde ou de um alerta preventivo? Está-se a ser delator ou adulto a exigir responsabilidades? Quando não se faz, estamos a ser defensores da ética, ou apenas a desresponsabilizar?

23.02.23

De facto, o poder político funciona no sentido de governar o país visando o bem estar do seu povo.

Para tal, é necessário recorrer a apoios, para que todos possam usufruir do básico para que possam viver com dignidade. Saneamento, saúde, ensino, etc.

Esse tipo de apoios, destinam-se a apoiar serviços criados pelo Estado, (mais propriamente pelo Governo, porque ser Estado, implica Povo, território e poder político), e vão ser suportadas, pelos impostos tributados aos cidadãos, para que o Estado possa funcionar.

Esses impostos, vão também servir para providenciar o sustento do cidadão na velhice, após ter cumprido com o seu contributo na sociedade laboral e no enriquecimento do Estado.

Pelo motivo de que o erário público é do Estado e para o Estado, não se justifica que seja utilizado para apoiar o esforço económico exigido por empresas privadas, aos seus clientes, à custa dos quais usufruem lucros avultados, que não usam para beneficiar ninguém que não a si próprios. Ou então, essas empresas terão de ver os seus lucros devidamente tributados, para que "uma mão, lave a outra."

Imagine-se que uma empresa tinha lucros avultadíssimos e o custo de vida subia em flecha e essa empresa se negava a pagar ordenados suficientemente elevados para permitir que aqueles que lhe criam riqueza, tivessem uma vida condigna.

Então, esse valor, terá de ser retirado pelo Estado por meio de tributação à riqueza dessa empresa, a fim de poder dar resposta às necessidades desse grupo de trabalhadores e outros em condições semelhantes.

Nenhum cidadão tem de ver os seus impostos a serem desviados dos interesses para que se destinam, para servir o setor privado, seja na forma empresarial, seja na forma particular.

24.01.23

O significado da Democracia, é a oportunidade individual, respeitando a oportunidade alheia.

Aquele artigo do Código Cívil tão repetido: " A liberdade de cada um termina, quando termina a liberdade do outro". Qualquer coisa no género.

Ou seja, estão estabelecidas as fronteiras do conceito de liberdade que acabam por servir para delimitar a área de ação na Democracia.

Mas, viver na Democracia com toda essa independência implica uma imensa noção da responsabilidade na vida social. Não pode ser, um pouco, como as vedetas, que perante o sucesso, acham que estão acima da lei e dos mais comuns dos mortais.

Esse vedetismo, não pode ser alimentado no topo hierárquico social.

A permissividade a comportamentos, que habitualmente são encarados com repugnância, criminalizados e punidos por lei, de repente, não podem ser alvo de contornos e parecer que a lei não é um código compilado que rege uma sociedade, mas sim, um conjunto de regras que podem ser alteradas em consonância com a alteração do estatuto social.

Essa falta de coerência, dá à população a sensação de barco sem leme, que vai levar ao caos e ao salve-se quem puder.

Numa sociedade, que não sente que a lei é respeitada, cada um vai buscar a sua própria estabilidade e segurança. Muitos conseguem atingir essa sensação enveredando pelo perfil do justiceiro a solo.

Isto tudo, para chegar ao que me fez apetecer partilhar.

A descriminalização dos maus tratos aos animais.

Maus tratos, é uma expressão tão clara, tão abusiva, tão dolorosa de pronunciar, que já por si, não devia levantar dúvidas que seria de considerar crime. Mas parece que no nosso país, essa dúvida, em pernas para andar.

Com a agravante de que a proposta, não foi apresentada por um grupo qualquer marginal que quer dar nas vistas. A proposta vem do Ministério Público, que em vez de propor a legitimidade de uma lei contornável, propõe que se estabeleça definitivamente a sua ilegalidade.

Como muito bem se referiu em entrevista, um dos sinais de um possível comportamento psicopata, são os comportamentos violentos contra animais. Maus tratos, enfim. 

Num país que considera que atos violentos, sejam de que natureza forem, não transmitem sinais de alarme para outros comportamentos mais graves, risco e até criminalidade, de facto, é um país que não defende a responsabilidade, a maturidade, o respeito. É um país em que não posso confiar para me fazer sentir segura, nem com o qual sinto que valha a pena colaborar para sermos cada vez melhores.

Este país, se calhar, não é para mim.

A Duarte Luis 

 

 

 

 

28.12.22

Depois de tudo o que consta que tem vindo a acontecer, já que não sou propriamente fã de futebol, jogos passados no banco, entrar na segunda parte de um jogo decisivo, a eminência do fim da carreira, é a pergunta que se levanta.

Estamos a falar de um jogador que ao longo de décadas, elevou o futebol português a um nível nunca antes conhecido. Se por um lado, ele está no desempenho da sua função e não se pode julgar acima dos demais em obrigações para com a equipa, por outro, temos de reconhecer o mérito e o quanto Portugal e os países onde jogou, usufruiram da sua capacidade superior.

Não se trata um jogador que nos traz vitórias, como mais um na equipa. Tem de haver para com ele, um outro tipo de diálogo. Há um quid pro quo declarado. Há um desempenho que ultrapassa o treino e o treinador. Há algo de pessoal que o torna um vencedor e traz vitórias aos que com ele trabalham.

Nada disto, sublinho, justifica que se destaque pela irreverência. O que até nem parece ser o caso.

Depois de toda esta pressão no Mundial e última performance no mesmo, o eminente fim da carreira que é tudo para ele, profissionalmente, está Cristino Ronaldo num momento psicológico de muita tensão. 

É o momento de parar e ficar a fazer o que sabe fazer bem e de cor, enquanto coloca a cabeça no lugar. 

A mudança, a adaptação a uma nova realidade, alguns hábitos que chocarão com a nossa cultura e serão fatores de maior stress em momentos que apetece ignorar as diferenças, mas não se pode, tudo isso, trará uma carga adicional a toda uma pressão que já começou a tornar-se evidente. A acrescentar a tudo isso, algumas novas fraquezas que vão surgir por via da idade e do desgaste.

O Cristiano Ronaldo, é um jogador que tem o respeito de todos os fãs, mas também se tem pautado por uma imagem positiva. Visivel, óbvio, mas filantropo, discreto, apaziguador, apoiante, fiel aos seus princípios e a quem o rodeia. Educado, acima de tudo.

Acho que, por muita dor que o fim da carreira da sua vida lhe possa causar, precisa acima de tudo, de não se trair. Não tentar expor erros alheios, não se preocupar em explicar o que a outros cabe fazer.

A imagem está criada. Muitos sabem o que vale, e muitos mais a imagem que deixa. Não a deve destruir por culpas que não lhe pertencem.

A ida de Cristiano Ronaldo para um meio tão diferente, poderá vir a tornar-se na carga que falta carregar, para que destrua tudo aquilo porque lutou. Não só, ser um vencedor, mas também, uma imagem respeitável.

A Duarte Luis

 

 

27.10.22

                            

Habitualmente, compro no supermercado ou na loja no caminho que estou a traçar, de momento.

As modas já não me iludem e a falta de tempo sublinha o sarcasmo. 

Mas, há aquele dia, em que até se proporciona uma visita fora do habitual e desenrascar umas coisas em falta no frigorífico, no armário dos detergentes e imensas outras coisas que essas superfícies fornecem.

Impressiona-me sempre a alegria com que as pessoas absorvem a novidade, mesmo que a qualidade de serviço seja enganadoramente melhor, bem como os produtos e os preços.

A acrescentar a esta constatação, a pergunta que se impõe na cruel e preocupante realidade atual.

Apetece perguntar: Estão a gozar comigo?

Antes de apresentar o argumento, vou apresentar uma situação que vai já ilustrar a razão da minha observação.

Não é uma crítica.

Não adianta criticar.

O mundo segue em frente e não temos qualquer peso nas decisões futuras, exceto na que vai tornar a nossa presença um incómodo para quem não quer ver as suas preferências escrutinadas.

O argumento: Se entrarmos numa loja, por exemplo, de moda e uma funcionária gentilmente nos abordar para nos ajudar, somos capazes de a despachar rapidamente.

Que se dane a miúda estar a desempenhar a sua função cabalmente, apesar de já estar há um par de horas de pé, sem ser valorizada. Só nos queixamos da falta da sua presença, se de facto necessitarmos de ajuda e ela demorar um minuto a aproximar-se.

No entanto, entramos nestas superfícies e vemos uma data de embalagens: de carne, de legumes, de refeições pré cozinhadas, de 6 pares de meias a preço reduzido... de tudo que se possa imaginar e se queira meter numa embalagem, na quantidade que se acha ser vantajosa.

Não há escolha.

Não há 2 bifes, 3 fêveras e meio frango. Levas isto, comes, pagas e calas.

O gosto e a necessidade pessoal fica para outras núpcias. Congelas e dá para outra vez.

Muitos nem têm um balcão de talho e peixaria que forneça produtos frescos. 

Francamente, tenho de louvar o Continente que para além de ter essas opções, tem tudo o que se queira encontrar. Desconfio que se um dia perguntar a um funcionário se tem um apartamento com determinada tipologia, no dia seguinte, o vou encontrar pronto para levar para casa. Na mesma linha, mas não mais dispendioso e ... não é nacional, o Corte Inglês.

Para além deste busílis da questão, há também os produtos adicionados aos alimentos embalados para que preservem um aspeto fresco e as carnes vermelhinhas. Os conservantes, os aditivos, verdadeiras medicações para regular o organismo, uma panóplia de exemplos.

Vamos falar de plástico?

Será que ainda ninguém ouviu falar do problema do excesso de plástico produzido e consumido, que se está a tornar um problema para o planeta?

São prateleiras cheias de embalagens plásticas com produtos.

E quando o produto não está em embalagem plástica, também se arranja uma qualquer caixinha... plástica, para melhor o transportar.

As frutas, muitas vezes, ainda semicongeladas, pesam mais do que o seu real peso.

As frutas partidas ao meio, com o interior exposto à luz. As frutas são ricas pelas suas vitaminas. A vitamina oxida com a luz. 

A qualidade de sabor e textura da fruta de uma boa frutaria e até o preço, são inigualáveis. E aqui tenho de gabar o Minipreço, que costuma ter fruta boa e saborosa. Já o preço faz corar o nome, mas sem humilhação.

O preço exorbitante dos produtos que não são de primeira necessidade e que vão compensar os preços praticados com os de primeira necessidade.

Não é raro, uma loja de rua ter bons shampoos e amaciadores a METADE do preço das grandes superfícies.

Dito isto, onde está a capacidade matricial das pessoas combinarem reflexões pró e contra, de vida, saúde, economia, ecologia, e com elas, assumirem a sua quota parte de responsabilidade na persecução da qualidade de vida sem inviabilizar o futuro do planeta?

 

 

 

 

 

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