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Webthoughtseditorial

Porque o pensamento é livre e único,

27.10.22

                            

Habitualmente, compro no supermercado ou na loja no caminho que estou a traçar, de momento.

As modas já não me iludem e a falta de tempo sublinha o sarcasmo. 

Mas, há aquele dia, em que até se proporciona uma visita fora do habitual e desenrascar umas coisas em falta no frigorífico, no armário dos detergentes e imensas outras coisas que essas superfícies fornecem.

Impressiona-me sempre a alegria com que as pessoas absorvem a novidade, mesmo que a qualidade de serviço seja enganadoramente melhor, bem como os produtos e os preços.

A acrescentar a esta constatação, a pergunta que se impõe na cruel e preocupante realidade atual.

Apetece perguntar: Estão a gozar comigo?

Antes de apresentar o argumento, vou apresentar uma situação que vai já ilustrar a razão da minha observação.

Não é uma crítica.

Não adianta criticar.

O mundo segue em frente e não temos qualquer peso nas decisões futuras, exceto na que vai tornar a nossa presença um incómodo para quem não quer ver as suas preferências escrutinadas.

O argumento: Se entrarmos numa loja, por exemplo, de moda e uma funcionária gentilmente nos abordar para nos ajudar, somos capazes de a despachar rapidamente.

Que se dane a miúda estar a desempenhar a sua função cabalmente, apesar de já estar há um par de horas de pé, sem ser valorizada. Só nos queixamos da falta da sua presença, se de facto necessitarmos de ajuda e ela demorar um minuto a aproximar-se.

No entanto, entramos nestas superfícies e vemos uma data de embalagens: de carne, de legumes, de refeições pré cozinhadas, de 6 pares de meias a preço reduzido... de tudo que se possa imaginar e se queira meter numa embalagem, na quantidade que se acha ser vantajosa.

Não há escolha.

Não há 2 bifes, 3 fêveras e meio frango. Levas isto, comes, pagas e calas.

O gosto e a necessidade pessoal fica para outras núpcias. Congelas e dá para outra vez.

Muitos nem têm um balcão de talho e peixaria que forneça produtos frescos. 

Francamente, tenho de louvar o Continente que para além de ter essas opções, tem tudo o que se queira encontrar. Desconfio que se um dia perguntar a um funcionário se tem um apartamento com determinada tipologia, no dia seguinte, o vou encontrar pronto para levar para casa. Na mesma linha, mas não mais dispendioso e ... não é nacional, o Corte Inglês.

Para além deste busílis da questão, há também os produtos adicionados aos alimentos embalados para que preservem um aspeto fresco e as carnes vermelhinhas. Os conservantes, os aditivos, verdadeiras medicações para regular o organismo, uma panóplia de exemplos.

Vamos falar de plástico?

Será que ainda ninguém ouviu falar do problema do excesso de plástico produzido e consumido, que se está a tornar um problema para o planeta?

São prateleiras cheias de embalagens plásticas com produtos.

E quando o produto não está em embalagem plástica, também se arranja uma qualquer caixinha... plástica, para melhor o transportar.

As frutas, muitas vezes, ainda semicongeladas, pesam mais do que o seu real peso.

As frutas partidas ao meio, com o interior exposto à luz. As frutas são ricas pelas suas vitaminas. A vitamina oxida com a luz. 

A qualidade de sabor e textura da fruta de uma boa frutaria e até o preço, são inigualáveis. E aqui tenho de gabar o Minipreço, que costuma ter fruta boa e saborosa. Já o preço faz corar o nome, mas sem humilhação.

O preço exorbitante dos produtos que não são de primeira necessidade e que vão compensar os preços praticados com os de primeira necessidade.

Não é raro, uma loja de rua ter bons shampoos e amaciadores a METADE do preço das grandes superfícies.

Dito isto, onde está a capacidade matricial das pessoas combinarem reflexões pró e contra, de vida, saúde, economia, ecologia, e com elas, assumirem a sua quota parte de responsabilidade na persecução da qualidade de vida sem inviabilizar o futuro do planeta?

 

 

 

 

 

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